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Reforço estrutural e avaliação de desempenho da Aberfeldy Footbridge: o que aprendemos com 30 anos de uso

BLOG DA BRAVER Reforço estrutural e avaliação de desempenho da Aberfeldy Footbridge: o que aprendemos com 30 anos de uso outubro 6, 2025 Compartilhe! Quando foi construída em 1992, a Aberfeldy Footbridge prometia durabilidade e resistência com materiais inovadores como GFRP e Kevlar. Mas como toda inovação real, ela enfrentou o teste do tempo — e o teste da realidade. Em 1997, após uma sobrecarga inesperada, a ponte passou por um reforço estrutural que se tornou referência para engenheiros no mundo todo. Neste artigo, você vai descobrir: O que causou a necessidade de reforço estrutural; Como a ponte foi reparada usando técnicas avançadas com compósitos; O desempenho real da estrutura após décadas de uso; Lições valiosas sobre durabilidade de pontes em GFRP. A sobrecarga que exigiu atenção Apesar de projetada para pedestres e ciclistas, a ponte foi submetida, poucos anos após sua inauguração, à passagem de um trator com um trailer carregado de areia. O resultado? Fissuras visíveis no tabuleiro de GFRP; Redução local de rigidez; Necessidade urgente de intervenção técnica. A solução: reforço com compósitos sobre compósitos Em 1997, foi executado um reforço inteligente e pouco invasivo: Adição de placas de GFRP sobre a superfície do tabuleiro, por baixo da membrana de borracha que protege a estrutura. As placas foram coladas e fixadas com rebites temporários, que foram retirados após a cura completa do adesivo estrutural. Nas vigas laterais, foram aplicadas camadas de CFRP (plástico reforçado com fibra de carbono) para resistir a tensões elevadas provocadas pelos cabos de suspensão. Esse reforço adicionou apenas 0,17 kN/m de peso extra — mantendo a proposta original de leveza e eficiência. Avaliação técnica: testes e monitoramento A ponte foi monitorada e testada extensivamente: Ensaios de vibração realizados em 1995 e 2000 indicaram que o reforço aumentou a rigidez e melhorou a estabilidade dinâmica. Durante testes com pedestres marchando em sincronia (pior cenário possível para pontes leves), a aceleração vertical registrada foi de 0,22 g — acima de certos limites normativos, mas ainda dentro de margens de segurança para uso não contínuo. Esses dados mostraram que a estrutura respondeu bem ao reforço, mantendo desempenho funcional e segurança. Desgaste e desafios de manutenção Apesar da boa performance estrutural, alguns elementos apresentaram desgaste superficial: Guarda-corpos em GFRP sofreram erosão da resina e exposição das fibras, especialmente nas áreas mais ensolaradas. Conectores tipo “toggle” mostraram sinais de falha nas articulações. Mofo e umidade retida foram observados em áreas onde não havia drenagem adequada. Esses problemas não comprometeram a integridade estrutural, mas reforçam a necessidade de considerar detalhes construtivos, drenagem e manutenção preventiva em projetos com compósitos. O que aprendemos com a Aberfeldy? Materiais compósitos funcionam bem a longo prazo, desde que aplicados com critério e acompanhados de manutenção adequada; O reforço com GFRP e CFRP se mostrou eficaz, rápido e de baixo impacto; Mesmo com condições climáticas severas, a ponte continua estável após mais de 30 anos. A Aberfeldy Footbridge é mais do que um experimento bem-sucedido — ela é prova viva de que inovação, quando bem feita, resiste ao tempo. Quer explorar mais exemplos de pontes inovadoras com compósitos e como essas soluções estão sendo aplicadas no Brasil? Quer utilizar materiais avançados, como o PRFV, em seus projetos estruturais? Fale com nossos especialistas e tire o seu projeto do papel. 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