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Uso de barras de transferência em Polímeros Reforçados com Fibra de Vidro (PRFV) para lajes de piso

Em projetos de lajes de piso existem inúmeras considerações a serem realizada para garantir a eficiência estrutural e estética do elemento. Uso de aditivos no concreto garantem a boa trabalhabilidade e comportamento do material, reguladores de superfície podem minimizar a fissuração e o uso de fibras dispersas no concreto podem dispensar a necessidade de telas soldadas e diversos caso. Porém, nos parágrafos a seguir vamos lidar com outro elemento fundamental para o bom funcionamento de uma laje de piso: as barras de transferências.

O que são barras de transferência e para que servem?

Quando temos um elemento de concreto com um grande volume em direções preferenciais como em uma laje de um galpão, por exemplo, devemos nos preocupar com a fissuração descontrolada desta laje. Sendo assim, para controlar a fissuração, permitir dilatações e contrações, melhorar a distribuição de carga e facilitar o processo construtivo, a laje é dividida em painéis, em sua maioria, retangulares.

É exatamente entre esses painéis que entra a barra da transferência. Embora o nome seja autoexplicativo e simples, as barras de transferência possuem uma grande importância dentro da engenharia civil. Elas desempenham a função de transferir parte da carga recebida por uma laje de concreto para outra de forma eficiente, proporcionando estabilidade e integridade à construção.

Além da distribuição eficiente de cargas, as barras possibilitam os deslocamentos horizontais de expansão e contração que ocorrem em toda a estrutura de concreto devido às variações de temperatura e o processo de cura.

Dessa forma, a barra de transferência minimiza anomalias na estrutura, como a formação e degraus (Faulting) entre os módulos de concreto. Ajuda também a prevenir o bombeamento de finos (Pumping), fenômeno no qual a água presente no concreto é sugada para a superfície da estrutura durante o processo de cura, resultando em partículas finas na superfície e influenciando na resistência da estrutura.

Do que são feitas as barras?

As barras de transferência, são comumente constituídas de materiais convencionais, como o aço CA 25. Perdurando dessa forma durante muito tempo no mercado de forma concisa, colocando em voga o conservadorismo existente dentro do mercado de engenharia civil.

No entanto, é crucial reconhecer algumas desvantagens associadas a este material. O aço possui uma propensão à corrosão que pode comprometer a durabilidade da estrutura, especialmente em ambientes corrosivos. Além disso, as barras de aço têm um peso significativo, o que pode dificultar o manuseio, instalação e transporte.

Quais são as vantagens em usar o PRFV?

O uso do Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV) em barras de transferência representa uma abordagem inovadora na engenharia civil, oferecendo diversas vantagens significativas em comparação com materiais convencionais.

As barras de transferência em PRFV são notáveis pela sua resistência excepcional à corrosão, eliminando preocupações relacionadas à degradação em ambientes agressivos ao aço. Exemplos desses ambientes são: Estradas que possuem sal em sua composição, ambientes costeiros e plataformas offshore.

Além disso, a leveza do PRFV facilita o manuseio e a instalação, reduzindo consideravelmente a carga de trabalho associada a essas operações.

Outra vantagem crucial está associada ao comportamento mecânico das barras. O material possui a alta resistência à tração e a compressão, o que contribui para eficiência das barras de transferência.

Vale destacar que o material deixa a desejar quando lidamos com cargas transversais a direção de alinhamento das fibras. Porém a Braver Engenharia já realizou inúmeros ensaios em uma variedade de barras de transferência e todas apresentaram comportamento satisfatório quando submetidas ao cisalhamento.

Ao adotar barras de transferência em PRFV, a engenharia civil pode beneficiar-se de soluções duráveis, leves e mais eficiente para o projeto, superando limitações associadas aos materiais convencionais.

Exemplo de aplicação do PRFV em lajes de piso:

Diversos projetos foram implementados com o uso do PRFV mundo a fora, o que vem se tornando uma tendência cada vez mais forte, frente a todas as vantagens presentes no uso deste material.

Um exemplo que ilustra bem o cenário do PRFV como barras de transferência é a laje de piso implementa pela Haizer Group.

A Haizer atesta em seus projetos que o uso das barras de PRFV possui um desempenho de excelência. Além de todas as vantagens já mencionadas, esse novo material promove vantagens financeiras no longo prazo e ainda possui uma pegada sustentável.

Observação

Muitos profissionais ainda têm dificuldade em distinguir entre vergalhão e barra de transferência, mas é crucial compreender que esses elementos são empregados em momentos distintos.

O vergalhão desempenha um papel fundamental ao fornecer suporte às estruturas de concreto, como pilares e vigas, graças à sua superfície nervurada, que garante uma aderência eficiente ao concreto.

Por outro lado, a barra de transferência, possui uma superfície lisa e como mencionado anteriormente, é utilizada entre as placas de concreto armado para distribuir cargas sobre o piso, sendo aplicada em áreas como pisos, pavimentos, garagens e lajes.

Conclusão

Em síntese, as barras de transferência desempenham um papel central na engenharia civil, possibilitando a distribuição eficiente de cargas e permitindo deslocamentos horizontais essenciais para a estabilidade estrutural.

O uso tradicional de aço, embora consolidado no mercado, apresenta desafios, como a propensão à corrosão e o peso significativo das barras. Diante desta perspectiva, a introdução inovadora do Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV) surge como uma solução, superando essas limitações.

As barras de transferência em PRFV destacam-se por sua resistência excepcional à corrosão, leveza, facilidade de manuseio e instalação, sem falar da maleabilidade que permite adaptação às demandas específicas de cada projeto. Além de todas essas vantagens possui também uma alta resistência à tração, o que contribui para a robustez e resistência das estruturas como um todo.

Ao adotar essas barras, a engenharia civil não apenas supera desafios associados a materiais convencionais, mas também abraça uma abordagem sustentável e inovadora para o design estrutural, evidenciando a contínua evolução no campo da construção.

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